quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Branca estais colorada

Este texto, extraído de um auto de Gil Vicente, foi adoptado pela Liturgia das Horas para o Tempo do Natal:

Branca estais colorada,
Virgem sagrada.

Em Belém, vila do amor,
Da Rosa nasceu a Flor:
Virgem sagrada.

Em Belém, vila do amor,
Nasceu a Rosa do Rosal:
Virgem sagrada.

Da Rosa nassceu a Flor,
Para nosso Salvador:
Virgem sagrada.

Nasceu a Rosa do Rosal,
Deus e homem natural:
Virgem sagrada.

Gil Vicente

Os rigores do Inverno

Estas são as imagens que vê quem olha para a Sorte nestes dias ao fim da tarde. A geada não chega a descongelar de uns dias para os outros, acumulando camadas sucessivas.

Já se (re)vê o Posto Florestal

Depois de muito tempo encoberto pela vegetação, já podemos voltar a ver branquejar o posto florestal da Serra a Aveleira, no Camelo.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Um soneto de Natal

Se considero o triste abatimento
Em que me faz jazer minha desgraça,
A desesperação me despedaça,
No mesmo instante, o frágil sofrimento.

Mas súbito me diz o pensamento,
Para aplacar-me a dor que me traspassa
Que Este que trouxe ao mundo a Lei da Graça,
Teve num vil presepe o nascimento.

Vejo na palha o Redentor chorando,
Ao lado a Mãe, prostrados os pastores,
A milagrosa estrela os reis guiando.

Vejo-O morrer depois, ó pecadores,
Por nós, e fecho os olhos, adorando
Os castigos do Céu como favores.

Manuel Maria Barbosa du Bocage

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Está perto!

Apesar de ainda estarmos em Advento, já cheira a Natal por todo o lado. A própria Liturgia nos lembra isso: o Domingo passado foi o Domingo da alegria. Alegria porque o Natal está já muito perto. Um Natal que celebra um Nascimento de há dois milénios, mas também o Natal que é preciso que aconteça em cada um de nós e na nossa sociedade. De facto todos precisamos de um novo nascimento. E para isso é preciso que Ele, de alguma maneira, nasça em nós.
Este é o tempo da Senhora do Ó. Chama-se assim porque começou ontem (dia dezassete) a chamada novena do Natal, na qual as Vésperas (oração da tarde da Liturgia das Horas) têm para cada dia uma antífona a Jesus Cristo que começa por «Ó»: «Ó Sabedoria,…»; «Ó Chefe da casa de Israel, …».
Neste espírito de proximidade do Natal, festa que nos diz tanto, quer sejamos cristãos ou não, mais praticantes ou menos, aqui fica um poema de Natal de Miguel Torga, com o grande mérito literário que lhe era próprio.


HISTÓRIA ANTIGA

Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.

E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.

Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.

Miguel Torga

(Antologia Poética, Ed. do Autor, Coimbra 1981)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Neve na Serra da Aveleira

O Inverno está à porta e muitos foram os nevões que caíram em algumas regiões do interior-norte do país durante este fim-de-semana, chegando mesmo a cortar algumas auto-estradas. Cá entre nós, na Lomba, não nevou, mas na nossa Serra da Aveleira chegou a nevar.

O frio que se faz sentir é muito mas nem em todos os invernos se reúnem as condições propícias para nevar na Lomba. Acontece apenas em alguns anos. Mas pelo menos na Serra da Aveleira é sempre possível apreciar um pouco de neve em alguns dias do ano, e algumas pessoas vão lá passar um bocado do dia, até porque ultimamente estes pequenos nevões têm calhado (curiosa coincidência) ao fim-de-semana.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

História do nosso chafariz

Fazer a história do chafariz da Lomba é fazer a história dos primórdios das canalizações de água na nossa terra. Digo isto porque não conheço informações relativas a água canalizada na Lomba antes da construção do chafariz. Mas agradeço aos estimados leitores que me informem se conhecerem dados mais antigos.

No início da década de trinta a água do Chafurdo passou a ser canalizada para a povoação, mais concretamente para o chafariz, edificado no mesmo lugar onde ainda hoje se encontra. Provavelmente antes dessa altura era preciso ir lá buscá-la com cântaros.

Já vimos na semana passada que antes o Chafurdo era um pequeno tanque a céu aberto. António da Costa Póvoas, Manuel Martins, António Duarte, Diamantino Varandas e Joaquim Caldeira da Costa são pelo menos alguns dos nomes que formaram uma comissão que construiu o depósito e a mina do Chafurdo bem como a vala e a canalização para o chafariz. Trata-se, portanto, de uma acção do movimento regionalista na Lomba. Das primeiras? Não sei. Talvez sempre as tenha havido, de forma mais organizada ou mais informal.

Nessa altura o fontanário actualmente em funcionamento, datado de 1948, não existia e havia um amontoado de esterco onde agora é o painel de azulejos. O fontanário que funcionava era o de granito que ainda lá está, desactivado, ao lado do actual.

Quando é que tudo isto aconteceu exactamente?
É difícil dizer, mas parece-me que foi entre finais de 1932 e início de 1933. Na verdade, segundo os relatos orais, o fontanário mais antigo que está no chafariz, o de granito (o primitivo?), veio em carro de bois e foi lá descarregado por Joaquim Fonseca em 1933 ou mesmo ainda em 1932, quando foi inaugurada a nova estrada Arganil – Nogueira (em Setembro de 1932).

O actual fontanário, de 1948, é igual a outros da freguesia (como o da Nogueira, o do Mourão, …), porque foram todos encomendados pela Câmara na mesma altura e à mesma empresa.

Segundo a ti’Conceição (que Deus haja), depois de feito o novo fontanário, quiseram mudar o antigo fontanário de granito para o lugar onde agora é a Comissão, «mas os velhos da terra bateram o pé e não deixaram!».

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O Chafurdo antes da canalização

No fim do Caminho da Fonte encontramos o Chafurdo, fonte que, ao que parece, foi muito importante para a Lomba desde o seu início. Hoje o Chafurdo é um depósito coberto, porque no início dos anos trinta do século XX a água foi canalizada para o chafariz.
Mas antes das obras de canalização o Chafurdo era um pequeno tanque a céu aberto donde se apanhava a água. Aliás, chafurdo era o nome que se dava a este tipo de fonte. As dimensões deste tanque seriam pouco maiores do que as do tanque que agora lá está e para onde corre a água do depósito em excesso, no Inverno. Segundo a ti’Gracinda (que Deus haja), de vez em quando esse chafurdo primitivo era lavado: tirava-se a água toda com um aguadeiro, lavava-se o tanque e esfregavam-se umas pedras brancas que havia no fundo. Depois as pedras eram postas de novo no lugar e voltava-se a encher o chafurdo, que ficava com uma limpidez belíssima, «com as pedras a branquejar no fundo».

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Doentes

Após quedas que deram, encontram-se doentes as irmãs Fernanda e Celínia. Desejamos rápidas melhoras.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

À pregunta de ti

Há maneiras de falar que, não sendo exclusivamente lombenses, fazem parte da nossa linguagem. Uma delas é o uso do verbo «perguntar» com o significado de «procurar». Assim, o nosso povo, para dizer que anda «à procura de alguém» ou « à procura de alguma coisa», diz muitas vezes «ando à pergunta de…». É um modo de falar usado na Lomba e em outros lugares mas não em todos e nem por todas as pessoas. Tanto as pessoas de outras regiões como certas pessoas mais jovens (mesmo entre nós) estranham este uso tão… inusitado do verbo «perguntar».

Há já uns quatro anos estava eu numa Ordenação em que, depois da celebração, comíamos de pé à volta de mesas instaladas num pavilhão, em Midões. Uma senhora, que mora em Cernache (Coimbra) e me conhecia a mim e aos que estavam comigo, aproximou-se e perguntou-nos:
- Vocês não viram por aí a minha Maria?
Respondemos que não e a senhora continuou o caminho em busca da sua filha. Passado um pouco, aparece ao pé de nós a Maria. Naquele tempo ela devia ter uns doze anos. E eu digo-lhe:
- Ó Maria, olha que a tua mãe anda aí à tua pergunta.
- À minha quê?
E eu repeti, pensando que ela tivesse ouvido mal:
- À tua pergunta.
- À minha quê?
E aí é que eu percebi qual era a dificuldade, e disse:
- À tua procura.
- Ah!!!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

As invasões francesas na Lomba (7ª e última parte)

Mas também fora das igrejas foram feitos muitos estragos. Segundo a Relação dos «estragos feitos pelo Exercito Francez de Massena em Arganil e Seu Termo» (o. c., página 133), os invasores cortaram castanheiros e oliveiras (duas árvores tão preciosas naquele tempo, por causa do seu fruto) e também pinheiros. Em todo o território de Arganil foram incendiadas dezoito casas particulares e mortas trinta e três pessoas: três clérigos, entre eles o Reitor; e trinta leigos, dos quais sete eram mulheres. Além disso, noventa e seis mulheres foram presas e violadas (o. c. página 133).
*
Num ambiente pacato, como seria certamente o da nossa aldeia e da região em geral, estes acontecimentos tiveram o impacto de uma verdadeira catástrofe apocalíptica. Os mortos, a destruição e roubo de alimentos, as violações, as profanações de templos e o rasto de destruição e de fome que ficou depois foram marcas tão profundas que contribuíram para um trauma colectivo tão forte que chegou até hoje.

Fim

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

As invasões francesas na Lomba (6ª parte)

Para além de buscarem mantimentos, os franceses fizeram muitos outros roubos, como pilhagens às igrejas e capelas, com o objectivo principal de levarem as pratas (muitas das quais se encontram hoje em museus franceses!):

«na Misericordia [de Arganil] metterão bestas, mas não offenderão as imagens», na matriz quiseram fazer estragos na escultura do Senhor dos Passos, mas ela estava escondida e arremeteram contra uma outra «que não era tão bem retratada»; enfiaram o gado na capela de S. Sebastião e nas capelas do Mont'Alto e do Senhor da Ladeira, porque estava «tudo acautellado» pelo administrador, poucos danos causaram. Contudo, as pratas devem ter funcionado como alvos preferenciais dos invasores, pois da matriz levaram «calices, patenas e mais trastes de prata» no valor de 13.944.000 réis» (o.c. página 27).
Foram queimadas e despedaçadas vinte e sete imagens (o.c. página 133).
continua

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

As invasões francesas na Lomba (5ª parte)

A falta de alimento foi o problema atroz que ficou depois da invasão: «Depois da partida «daquellas feras», «oque mais deve lamentar-se hea fome, porque não só os pobres, mas tambem os ricos não tem couza alguma, que comão, porq por onde passou a tormenta nada absolutamente ficou, nem de mantimentos, nem de carnes, nem de ortaliças: e se alguma couza escapou ao inimigo, o alimpou anossa tropa, eassim mesmo os pobres soldados vão mortos de fome» (o. c., página 27).
O milho e a castanha eram a base da alimentação destes nossos antepassados. As pessoas enchiam enormes arcas de castanho com milho e castanhas secas para todo o ano. Quando ao franceses chegaram, abriam as arcas e punham lá os cavalos a comer. Estamos a falar de povos que estavam dependentes do pouco que a terra lhes dava, a troco de muito e penoso trabalho, para sobreviver. Para os nossos antepassados o alimento de que dependiam era a principal e quase exclusiva preocupação.

É importante que compreendamos esta mentalidade, ainda que, neste tempo em que nada falta, nos seja cada vez mais difícil compreendê-la. Hoje nem imaginamos! No mundo cómodo dos meninos mimados que encomendam uma piza ou vão ou Mac’Donalds quando o peixinho do jantar não lhes agrada, a fome não mete medo a ninguém e o alimento (essencial à vida!) é a última preocupação. Hoje pode haver quem ache ignorante uma pessoa idosa (desse tipo de pessoas de antigamente que se está a extinguir) que, ao ver uma enorme multidão na televisão, se interroga admirada: «Onde é que vão arranjar comer para tanta gente!?» Enquanto as nossas gerações, cada vez mais mimadas (e iludidas!), têm por principal preocupação «Que havemos de fazer para nos entretermos?», os antigos perguntavam antes: «Que havemos de comer hoje? E amanhã? Será que teremos pão para nós? E para os nossos filhos?» O maior filme de terror que “entretinha” os nossos antepassados era o da fome, o “filme” bem real em que eles eram actores e, muitas vezes, vítimas!

Se tivermos a coragem de reflectir isto compreenderemos a força da expressão «pão nosso de cada dia» que ainda sobrevive tanto na oração como na linguagem profana. Se tivermos a sabedoria de não nos rirmos da velhinha que diz «Onde é que vão arranjar comer para tanta gente!?» compreenderemos o trauma que foi para os lombenses de 1811 os cavalos [dos] invasores devorarem num dia o precioso alimento que mal lhes chegava para o ano inteiro. A imagem dos cavalos a comer directamente das arcas do milho chegou até nós com toda a sua força, e não foi por acaso.
continua

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

As invasões francesas na Lomba (4ª parte)

Por onde quer que passassem, os exércitos, esfomeados, buscavam alimento, que roubavam violentamente às populações: gado de todo tipo, porcos, galinhas, milho, castanhas, vinho…
Não sei se entre nós o povo organizou alguma resistência armada contra o invasor como se fez noutros lugares do país, mas é certo que foram feitos esconderijos onde se armazenavam os mantimentos que era possível. Já vimos como algumas versões dos relatos orais dizem que a velhinha queimada pelos franceses foi interrogada sobre mantimentos escondidos.
Parece que estes esconderijos de alimentos eram feitos tanto em casas como fora delas. Quando há uns anos se fizeram obras numa loja de uma casa da Nogueira foi descoberta, depois de escavada alguma terra do chão, uma laje. Ao levantar a laje foi encontrado um buraco onde estava um pote, já vazio. Na nossa estrada para Arganil (inaugurada em Setembro de 1932) existe a famosa curva conhecida pelo nome de «Volta do Pote», porque quando os trabalhadores que fizeram a estrada escavaram aquela curva (e naquele tempo isso fazia-se manualmente, com pás e picaretas) também encontraram lá um pote enterrado, também ele vazio. Teriam estes potes servido para esconder mantimentos durante a invasão? Não sabemos, embora haja quem defenda que sim. Pessoalmente não arrisco defender essa hipótese, embora a considere possível.
Existe junto à Poça da Sorte, alguns metros à direita do lugar onde desemboca o carreiro que lá chega vindo de frente da Eira do Povo, um buraco escavado na barreira, hoje semi atulhado pela passagem por ali da estrada nova que lá fizeram. Também há quem diga que aquele buraco serviu para esconder mantimentos, mas talvez a sua escavação seja anterior. Essa caverna é conhecida por «buraca dos mouros». Mas sobre ela falarei noutra ocasião mais oportuna.
Porém, mesmo os esconderijos eram, muitas vezes, descobertos, pois as casas eram completamente revolvidas: «[…] as cazas não parecião senão huma confusão, trastes despedaçados, tudo revolto nada no seu lugar, as lojas cavadas, quantos escondrigios se tinhão feito para cada hum refugiar oque podia, tudo descoberto […]» (o. c., página 27, negrito feito por mim).
continua

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Mil visitas: obrigado!

Este nosso blog, apesar de jovem, já entrou no coração de todos nós. Foi aberto a 8 de Abril deste ano e coloquei-lhe um contador de visitas no mês seguinte. Pois agora ultrapassámos as 1000 visitas! Este avanço do contador de visitas e os comentários sempre motivadores que vocês cá vão deixando, caríssimos leitores, são a prova de que o blog está a cumprir a sua missão. Por tudo isto o que tenho a dizer-vos é:
obrigado!

As invasões francesas na Lomba (3ª parte)

Apesar de começar a cair em desuso, o apupo ainda hoje é uma forma popular entre nós de chamar as pessoas à distância, ou então de responder, sobretudo da fazenda. Conta-se que, no seu gozo terrorista, alguns franceses, imitando este costume local do apupo, faziam pouco dos povos destas nossas aldeias que ao longe fugiam a esconder-se onde podiam: «Uuu! Ó Maria, vêm lá os franceses!»
Era muito difícil esconder-se nestas serras, porque naquela época elas estavam completamente “rapadas”: as árvores não eram assim tantas como hoje e, sobretudo, não havia mato quase nenhum, porque era roçado para “fazer a cama” aos animais e, depois disso, ser estrume nas fazendas. E era complicado fazer fogueiras nesses acampamentos improvisados, porque o lume de noite ou o fumo de dia logo sinalizariam a presença dos refugiados.
continua

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

As invasões francesas na Lomba (2ª parte)

A Lomba invadida pelos franceses
No tempo das invasões francesas a Lomba já existia como lugar habitado (pelo menos desde o século XVII, como sabemos), e foi também ela invadida pelos franceses. Deve ter sido um grande trauma para a população, porque são muitas a narrações que nos chegaram pela tradição oral dos selvagens distúrbios por aqui praticados nessa ocasião.
Conta-se que, quando vieram os franceses, o povo fugiu para a serra e a povoação ficou deserta. Um dos episódios relatados com certo pormenor é o de uma velhinha que não podia andar e por isso ficou cá e escondeu-se num palheiro. Os franceses, na sua pilhagem, descobriram-na e acabaram por queima-la. Consta que a velhinha foi queimada no forno do cimo da rua chamada «do Pátio Velho». Segundo algumas versões a velhinha foi morta depois de se ter recusado a revelar o lugar onde havia mantimentos, que era o que as tropas mais precisavam.
continua

Missa

Missa na nossa capela (Nossa Senhora da Saúde, Lomba) amanhã, terça-feira, dia sete de Outubro, às 21h00m.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O autocarro para a Lomba (e Nogueira)

Parece estranho haver um autocarro para a Lomba, mas à quinta-feira há excepção. Desde há alguns anos que às quintas-feiras de manhã um autocarro faz o percurso de ida e volta de Arganil para a Nogueira com paragem na Lomba para transportar as pessoas e vão e voltam do mercado semanal com as suas compras. São duas viagens que esse autocarro faz todas as quintas feiras: a primeira sai de Arganil às 09h15m; e a segunda às 11h15m. Até há pouco tempo era um grande e antigo autocarro da Rodoviária que subia a nossa estrada às quintas-feiras. Mas os tempos estão a mudar. Já muitas pessoas têm carro para se deslocarem à vila para fazer as suas compras, e são cada vez menos os passageiros deste autocarro. Deste modo, a antiga "banheira", que vinha por vezes já quase vazia, foi substituída pelo autocarro que vemos na imagem, que, sendo embora mais pequeno, é mais moderno e chega para as necessidades.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

As invasões francesas na Lomba (1ª parte)

Infelizmente, a Lomba também foi palco de um dos grandes mas trágicos acontecimentos da história portuguesa e mesmo universal: as invasões francesas a Portugal. Se tivermos em conta que as tradições orais das nossas aldeias, geralmente, chegam até nós já bastante esbatidas pelo tempo e pela degeneração natural («Quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto»), podemos dizer que são bastante numerosos e com muitos pormenores os relatos orais das invasões francesas na Lomba que, como gritos de aflição dos que então eram vivos, vêm das profundidades dos tempos e atravessam dois séculos para chegar até nós ainda com tal vivacidade que parecemos estar ainda hoje diante dos rostos aterrorizados de quem acabou de viver tal horror! Se isto representa alguma vantagem para quem quer fazer a história de um lugar pequeno e praticamente não tem documentos para o fazer, também é duramente verdade que para que estes relatos chegassem até nós de forma tão intensa, apesar da corrupção do tempo, teve que haver um acontecimento verdadeiramente terrível e traumatizante.

Antes de passarmos à Lomba em concreto, vejamos, como contextualização, que dados temos sobre as invasões em Arganil e arredores. Segundo a Doutora Regina Anacleto (ANACLETO, Regina, Arganil, colecção Cidades e Vilas de Portugal volume 21, Editorial Presença, Lisboa 1996, página 26), a passagem das tropas napoleónicas por Arganil deu-se em 1811 e por duas vezes: apenas algumas horas a 17 de Fevereiro; e uma semana, a partir do dia 12 de Março, atingindo não só a vila mas também os arredores:

«Com efeito, apesar de no dia 17 de Fevereiro de 1811 só estanciarem no burgo duas a três horas, ainda tiveram tempo de assaltar e roubar, bem como de matar «o Reytor Arcypreste» e, pelo menos, outras cinco pessoas; não se eximiram foi a ter «economia com o vinho, pois o que não beberão o taparão muito bem, signal deque oguardavão para outro dia».
»Quase um mês depois, a 12 de Março, iniciou-se a segunda incursão pela vila e arredores; desta feita, a estada prolongou-se por sete longos e tenebrosos dias.
Entretanto, a 14, «lançarão fogo ás cazas de José de Mello (o solar da família da futura condessa [das Canas]), que foi tão forte, que do largo da entrada para cima não ficou senão hum monte de cinzas, os potes do armazem do azeite todos arrebentarão, e fizerão um fogo infernal, o celeiro do milho todo ardeo, sem ficar hum grão».
»Provavelmente, o espaço de tempo que mediou entre as duas arremetidas pode explicar-se pela chegada de Wilson, que com a sua divisão de tropa montou quartel em Arganil, embora viesse a deixar o campo aberto ao inimigo, por «derepente [ter] desaparec[ido]».

Assim, das três invasões dos franceses a Portugal a que atingiu Arganil e, portanto, a Lomba, pela data (1811) só pode ser a terceira, comandada pelo Marechal André Massena, que entrou pelo nordeste de Portugal em 1810, ocupou Almeida em Agosto e foi derrotado na batalha do Buçaco a 27 de Setembro, seguindo depois em direcção a Lisboa. E, de facto, segundo a carta escrita pelo Padre Manuel Gomes Nogueira a 23 de Março de 1811, «a fim de cortar a retirada dos exércitos comandados por Massena, acabou mesmo por ser demolido o primeiro arco do lado poente» da ponte da Mucela (o. c., página 27). E o bispo de Coimbra D. Frei Francisco de S. Luís deixou uma relação dos «estragos feitos pelo Exercito Francez de Massena em Arganil e Seu Termo» (o. c., página 133).

continua

Numa chuvosa 5ª feira de Setembro...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Sardinhada para todos

É já no próximo sábado, dia 27 de Setembro, que se vai realizar uma sardinhada oferecida pela Comissão de Festas 2008. Este evento tem início às 12h00m e é para todos os lombenses.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

As antiguidades lombenses (3ª parte)

A Lomba no século XVII

É verdade, bem me lembro, que prometi falar sobre as invasões francesas na Lomba nesta terceira parte d’As antiguidades lombenses. Porém, novas descobertas surgiram entretanto: se já sabíamos que a Lomba existia pelo menos no século XVIII (grade do Senhor da Ladeira) e inícios do século XIX (invasões francesas), agora vemos as suas origens a “recuar” até ao século XVII. Consegui informações seguras sobre o assunto contactando com José Caldeira, da Nogueira, que se tem dedicado ao estudo das famílias do concelho de Arganil e dos concelhos limítrofes. Este ilustre estudioso nogueirense forneceu-me preciosas informações sobre as origens da Lomba.

Sabemos com segurança que a Lomba é habitada pelo menos desde o século XVII, porque há registo de um casal que cá morava nessa época: Manuel Antunes e Ana de Figueiredo. Ainda hoje há quem conheça a Lomba por «Lomba da Nogueira» porque noutros tempos teve de facto esse nome. A Nogueira, terra já bastante antiga (século XIV, pelo menos), dava naturalmente nome a lugares vizinhos, como é, ainda hoje, o caso do Cabeço da Nogueira. A propósito da já falada colonização da Lomba por pessoas da Nogueira, diz-nos José Caldeira:

«A Lomba deve ter nascido das famílias da Nogueira que se estabeleciam naquela lomba, em muitos casos com tabernas, por ser aquele o caminho dos serranos que vinham à vila. Isto não quer dizer que o local não fosse há muito habitado, mas como fazendo parte do território nogueirense.
»Outra razão para a deslocação de nogueirenses para o local pode ter sido por serem rendeiros das terras da Comenda (certamente da Comenda de São Gens na Ordem de Cristo)».

Mas José Caldeira tem provas concretas da presença de habitantes na Lomba no século XVII:

«A primeira vez que encontro referência à Lomba da Nogueira ou ao Casal da Lomba da Nogueira é no século XVII, com um casal aí residente: Manuel Antunes e Ana de Figueiredo. Dos seus vários filhos encontro uma, também Ana de Figueiredo, a casar em 1696 com um Manuel Francisco, do Vale de Nogueira. Destes descendem quase todas as famílias da Lomba e da Nogueira e não só».

Qual era a proveniência deste casal, antepassado de quase todos nós? Quanto a este ponto José Caldeira levanta algumas suposições, embora não as dê como certas:

«É possível que a Ana de Figueiredo mais antiga fosse da Nogueira e o marido viesse de fora, talvez da Pampilhosa, pois um seu neto tinha a alcunha de «Furica» e o nome porque são conhecidos os pampilhosenses é «Furrica». Seria assim o primeiro dos muitos serranos que se casaram na Lomba, decerto por ser no caminho da serra. Mas tudo isto são apenas suposições difíceis de confirmar».
Certamente todos gostaram de saber que a Lomba já tem pelo menos três séculos. Quanto à antiguidade, foi o mais longe que conseguimos chegar em investigação até agora. Quem sabe se entretanto não aparecem dados ainda mais antigos? É muito pouco provável, mas pode acontecer. Quem sabe?
Quanto à história das invasões francesas na Lomba, é um marco que fica ultrapassado no que diz respeito à pesquisa sobre antiguidades lombenses e por isso já não o vou tratar neste artigo, que fica encerrado com estas últimas descobertas. No entanto, por ser um assunto bastante importante não deixarei de o tratar, mas vou fazê-lo numa outra série de artigos que publicarei em breve.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Uma nova casa nasce na Lomba

A paisagem da nossa aldeia está, uma vez mais, a mudar: está em construção uma nova casa de habitação. É na chamada Rua Principal, do lado direito de quem vem da vila, mesmo em frente à casa de Helena Rodrigues, e a construção avança a bom ritmo. Desejo aos donos da nova casa bom sucesso no seu empreendimento e felicidades para a habitarem.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Setembro

Em Setembro finda o Estio,
Jorram do céu as primeiras chuvas.
Grandes feiras animam as praças.
Despem-se as vinhas das tintas uvas.

Tintas e brancas enchem poceiros
Em doce, pegajoso vindimar;
Acartadas em ladeiras de suor,
Pisam-se e fermentam no lagar.

Vai-se o calor mas ainda haverá
Dias felizes p'ra festejar.
Céu de prata, chuva de cristal
Refrescando a terra e o ar.

As antiguidades da Lomba (2ª parte)

A grade de ferro da capela do Senhor da Ladeira
Não sabemos quando nasceu a Lomba e nem encontrei até agora qualquer indicação de quando começou a ser habitada. Mas sei com certeza que o nosso lugar é habitado pelo menos desde o século XVIII. Na verdade, a tradição oral que conheço não nos dá notícias mais antigas do que até esse século, ou seja, o século em que foi forjada uma monumental grade de ferro que está na capela do Senhor da Ladeira, no Santuário do Mont’Alto, e que se diz ser setecentista, tal como é, aliás, toda a capela. É a grade que divide o presbitério da nave da igreja, ocupando todo o arco desde o fundo até ao cimo, abrindo no fundo em duas portas. Para além de ser muito alta, a grossura das suas peças em ferro maciço é realmente impressionante! É uma obra feita com arte e mete respeito pelas suas dimensões. Surpreendentemente, esta obra magnífica foi feita na Lomba! De facto, o já falecido ti’Luís dizia que «a grade de ferro que está na capela do Senhor da Ladeira, no Mont’Alto, foi feita cá na Lomba, numa forja que cá havia».

Estes factos são os testemunhos mais antigos que consegui encontrar do povoamento da Lomba, e fazem-no remontar, portanto, ao século XVIII. Se bem que o Monsenhor Nunes Pereira era da opinião de que a grade é mais antiga do que a própria capela. Mas quantos anos? De qualquer modo, temos por certo pelo menos que pelo menos no século XVIII a Lomba já existia e tinha até um ferreiro de certo mérito com oficina estabelecida.

Acerca da grade diz-nos a Doutora Regina (ANACLETO, Regina, Arganil, colecção Cidades e Vilas de Portugal volume 21, Editorial Presença, Lisboa 1996, páginas 106 e 107): «No interior [da capela], sob o arco triunfal, uma grade de ferro lançada a toda a altura e formada por grossos varões horizontais que a dividem em três corpos, onde se desenvolvem enrolamentos de barrinhas, separa os dois corpos do edifício. Entra na tradição que esta bonita grade impediu os soldados franceses de entrar na capela-mor, a fim de roubar os tesouros do santuário e profanar as imagens que ali se encontravam a bom recato, o que me não parece provável, porque os invasores, no Mont'Alto, poucos danos causaram e, certamente, tinham meios que lhes possibilitariam ultrapassar o obstáculo. Mas aceitemos a memória».

Em que lugar da Lomba é que a grade setecentista foi forjada? A forja que cá existia e da qual há ainda pessoas vivas que se lembram era na eira (ao pé da casa que hoje é do ti’Henrique), atrás da casa em ruínas que lá está. Disse-me o ti’Henrique que já não se lembrava de essa forja laborar, mas na sua infância «ainda lá estava a pedra» onde se fazia o braseiro e onde ainda havia restos de uma «mistura de cinza com ferro fundido». Porém teria existido uma forja anterior na rua do chafariz, onde hoje é o portão de madeira. Foi aí que foi feita a grade de ferro do Senhor da Ladeira? Talvez…

Não sei se esta tese da grade do Senhor da Ladeira tem ou não uma consistência de… ferro! Eu pessoalmente acredito que sim. Mas ainda que assim não seja, a tradição oral deixou-nos testemunhos ainda mais firmes do povoamento da Lomba mesmo no início do século XIX: os relatos orais das invasões francesas na Lomba. Vai ser esse tema do próximo artigo d’As antiguidades da Lomba.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

As antiguidades da Lomba (1ª parte)

Sob o título «As antiguidades da Lomba» vou publicar alguns pequenos artigos nos quais darei a conhecer as investigações que tenho feito para saber como e quando nasceu a Lomba. Interessante, não acham? Faltam-me muitos dados, mas foi o que consegui arranjar. Ajudem-me comentando e enviando mais informações que conheçam.

A tradição oral diz que «a Lomba é filha da Nogueira». E, na verdade, tem lógica que a Lomba tenha surgido da colonização deste lugar por parte de pessoas da Nogueira. Não sei se este lugar já tinha o nome de Lomba antes de ser habitado, mas é provável que sim, por causa da topografia do lugar. As razões desta colonização podem ser diversas:

a) A principal talvez seja a busca de melhor clima, que aqui é muito mais soalheiro. Enquanto na Nogueira as eiras se concentram todas num só lugar (que se chama precisamente «Eiras»), o único da povoação que está exposto todo o dia ao sol, na Lomba as eiras estão espalhadas por toda a povoação.

b) Depois, a proximidade da vila de Arganil é maior.

c) Além disso, aqui a estrada bifurca: para a Nogueira e para a serra. Ora, a estrada da serra era muito concorrida, porque era a via principal que todos os povos da serra usavam para comunicar com Arganil. Mudando-se para este lugar, as pessoas da Nogueira estavam a aproximar-se de um caminho muito movimentado. Era talvez por ser um lugar de passagem que houve várias tabernas no Largo das Almas, onde a estrada bifurca.

d) O abastecimento de água estava assegurado através do Chafurdo. Em tempos antigos, quando ainda não existia água canalizada, as povoações nasciam e desenvolviam-se nas proximidades de fontes ou cursos de água que as pudessem abastecer. Neste caso, a povoação nasceu próxima do Chafurdo, que seria sem dúvida a fonte onde as pessoas iam buscar água. Esta fonte era tão importante que ainda hoje se chama «Caminho da Fonte» ao caminho que conduz a ela. Seria, portanto, «a Fonte» da terra por excelência. Não sei se daria para abastecer uma aldeia grande, mas para o pequeno aglomerado da época parece que chegava.

e) E quem sabe se o contacto visual com o Santuário do Mont’Alto não foi um incentivo de ordem espiritual para ficar neste lugar?

Não sei em que época se deu esta colonização, nem se aconteceu de uma só vez ou por várias, nem se foi colectiva ou individual. Talvez arqueólogos profissionais o consigam determinar estudando a zona mais antiga da povoação, que é o Cômbaro, a “zona histórica” da povoação, uma vez que tem as construções mais antigas.

Lembranças da Festa de 2008 (3)

Ainda cá tinha estas fotografias deste ano. Desfrutem!...










terça-feira, 26 de agosto de 2008

Os [pouco] vigilantes nocturnos

Hoje vou contar-vos algumas “estórias” passadas antigamente (meados do século XX, neste caso) com pessoas bem reais da nossa terra de das nossas famílias e que recolhi há tempos por cá. Vou falar-vos hoje, concretamente, daqueles que por vezes ficavam de noite a guardar os frutos da sua colheita.

O ti’Joaquim Póvoas tinha nos Fagundos uns melões que eram muito cobiçados. Parece difícil acreditar que os Fagundos, esse lugar à entrada da Lomba, onde está hoje a placa e as alminhas, fosse propício a criar melões, porque hoje é um grande pinhal, onde algumas oliveiras ainda definham no meio dos pinheiros altos, mas naquele tempo era terra de amanho. Ora, foi o ti’Póvoas para os Fagundos certa noite guardar os melões que lá tinha com uma espingarda e tudo. Mas adormeceu e alguns rapazes mais atrevidos (que já "costumavam" conhecer o lugar e… os melões!) foram lá, comeram os melões descansadamente enquanto ele dormia com a espingarda ao lado e, em forma de gozo, defecaram em cima da espingarda!

Na Lomba havia muitas eiras onde se secava o milho no Verão e era costume muitos ficarem a guardar o milho durante a noite nas eiras. Mas alguns tinham um sono tão pesado que os mudavam de lugar durante o sono sem eles darem conta! A um desses heróis do nosso passado (já não sei quem, ajudem-me a descobrir, por favor), que estava na eira ao pé de casa que hoje é do sr. Henrique, chegaram a levá-lo, a dormir, numa padiola e a despejarem-no para cima dos tojos que havia em abundância no lugar onde hoje é a capela!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Lembranças da Festa de 2008 (2)

Aqui ficam mais alguns vídeos e fotografias da Festa deste ano. Hoje destaco a presença muito numerosa de pessoas da vizinha e amiga Nogueira, tanto na Missa, procissão e baile no sábado como na tarde de convívio no Domingo. Porque a Nogueira tem muita gente e porque é um povo amigo de nos visitar, todos os anos a nossa festa é marcada pela grande presença de nogueirenses.



Quanto ao dia 17, Domingo, foi mais de uma centena de pessoas que se juntou no parque de merendas da capela para partilhar o almoço. Apesar de se notar algumas baixas em relação ao ano passado, foi um almoço muito concorrido e agradável. Pela primeira vez foi contratada uma cozinheira de fora, a dona Maria de Deus, que já é famosa como cozinheira cá na freguesia. E, de facto, merece grandes louvores pelo magnífico caldo verde e arroz à valenciana que deliciou toda a gente!
O tempo ajudou (fazia bom sol, ao contrário do nublado 12 de Agosto do ano passado) e a festa continou pela tarde, ainda que ensombrada pelo funeral de Antero Fernandes, de Arganil (mais conhecido pela alcunha de "Prega e Racha"), pessoa muito estimada em toda a freguesia. Naquela tarde o adro encheu-se de pessoas para assistir à actuação do Rancho Juvenil da Casa do Povo de Arganil, já nosso conhecido dos anos anteriores, e do Rancho Folclórico da Pampilhosa da Serra, que actuou pela primeira vez na Lomba. Quando os dois ranchos entraram foi tal a "invasão" do adro da nossa capela po pessoas trajadas à moda antiga que o cenário parecia mesmo o de um festival de folclore, como podemos ver nas fotografias.

Depois de jantarmos sardinhas assadas e febras (oferecidas pela Comissão de Festas, tal como o almoço), tivemos um serão animado pelo baile com as concertinas do Rancho da Pampilhosa da Serra.
A Comissão ainda não apresentou contas, mas posso adiantar que correu tudo bem e sem prejuízo. E foi, uma vez mais, nesta simplicidade, sem filarmónica ou grandes conjuntos mas cheia de agradável convívio (que é, afinal, o que importa) que decorreu a festa deste ano. E para o ano há mais! E neste fim-de-semana (23 e 24 de Agosto) há na Nogueira.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Alta tensão na nossa serra


A paisagem que temos da Serra da Aveleira, que serve de "pano de fundo" à Lomba, está a mudar. Por lá vão passar cabos de alta tensão e já está erguida uma torre. São muitos os camiões-betoneira que têm passado para a serra para fazer os alicerces destas torres metálicas que conduzirão eletrecidade vinda da central de Poço do Gato.

Lembranças da Festa de 2008 (1)

Por coincidência com a festa do Maladão no mesmo fim de semana, a Missa foi vespertina. Assim, no sábado, dia 16, às 21h00m houve Missa seguida de procissão de velas. A procissão fez o percurso habitual: desceu da capela até ao Vale Galeana, onde deu a volta, e regressou à capela. Felizmente, a chuva que caiu durante o dia não se prolongou para a noite. Depois da procissão, pelas 23h, os Irmãos Guerra Henriques animaram a festa com muita música portuguesa, até bem perto da 1 da manhã. Voltarei ainda a dar mais notícias da festa.






sábado, 9 de agosto de 2008

Doentes

Após uma queda em casa que resultou na fratura de um braço e vários ferimentos, Orlando Oliveira Henriques foi operado nos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde se encontra ainda em recuperação.
* * *
Rosa Vitória terminou o seu internamento no Centro de Saúde de Arganil, que noticiei no dia 8 de Junho passado, e encontra-se agora no Lar de Terceira Idade em Tábua.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Senhora da Saúde 2008

Fim-de-semana de 16 e 17 de Agosto de 2008


Programa:

Sábado, dia 16
21h00m: Missa e procissão em honra de Nossa Senhora da Saúde

Após a procissão: Animação musical com os Irmãos Guerra Henriques

Domingo, dia 17
09h00m: Início do convívio com a aparelhagem sonora
Abertura do bar

13h00m: Almoço no Parque de Merendas (trazer talheres)

16h00m: Terço

Sardinhada

18h00m: Actuação do
Rancho Juvenil da Casa do Povo de Arganil
e do Rancho Folclórico da Pampilhosa da Serra

21h30m: baile com o Grupo de Concertinas Serrano
Não faltará boa sardinha, bifanas e boa pinga
Vem e traz um amigo!

sábado, 26 de julho de 2008

As torturas das rupturas

A nossa canalização pública já nos tem vindo a habituar às rupturas. Volta e meia, lá rebenta um cano; lá fica a jorrar pela estrada fora; lá se esvazia o nosso precioso depósito de água enquanto os serviços camarários tardam em chegar; e lá ficamos, uma vez mais, sem água por um dia, pelo menos. E quando a água finalmente regressa é necessário esperar, se não quisermos usar “café com leite” em vez de água. Na passada segunda-feira foi em frente ao vidrão, perto do café. É mais um buraco que fica aberto na estrada. Também ainda está aberta a recente chaga no alcatrão novo do Largo das Almas… Se isto é tão frequente, talvez estejamos a precisar de uma canalização nova.

A estrada já está limpa

Foi nesta semana que hoje termina que os funcionários da Junta de Freguesia de Arganil completaram o trabalho de limpeza das ervas secas nas bermas da nossa estrada, que está agora com muito melhor visibilidade e, portanto, mais segurança. Foram também colocados alguns “remendos” de alcatrão de alcatrão e brita nos buracos. No entanto, o piso deixa ainda muito a desejar, porque já é velho. Para quando um piso novo para a nossa estrada?

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Concerto musical abre Noites de Verão na Lomba

O inacreditável aconteceu na nossa aldeia! Ontem, Domingo, entre as 21h00m e as 23h00m, houve um concerto de música ao vivo feito por músicos cá da Lomba no café Barata. Foi um concerto muito improvisado porque a ideia surgiu apenas duas horas antes do espectáculo. E também por isso teve pouco aparato sonoro. Estiveram presentes, em média, cerca de vinte pessoas. Mas os organizadores pensam dar continuidade à iniciativa, que, aliás, já ganhou o nome de «Noites Quentes de Verão» (à semelhança das Noites organizadas pela nossa Câmara Municipal), mas desta vez com mais preparação, mais material sonoro e maior divulgação, para que apareçam mais pessoas.
Ainda que preparado em cima do joelho, este serão foi um verdadeiro sucesso, não mais que seja pelo espírito da iniciativa e pelas perspectivas de continuidade. Os instrumentos envergonhadamente escondidos em casa saíram à rua e tocaram música de estilos variados: portuguesa, estrangeira, popular, rock, com canto ou apenas instrumental… Este concerto contou com o órgão e a guitarra clássica (viola) dos irmãos Guerra Henriques, aos quais se juntaram os ferrinhos de Manuel Castanheira (instrumentista da Tuna Popular de Arganil) e o cavaquinho da pequena Leonor (aluna da escola de música «Pauta em Movimento»).Desta vez foi de surpresa, mas para a próxima será com aviso prévio e, esperamos, ainda mais público a assistir e a vibrar tanto ou mais do que desta vez.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Saudações aos que chegam

Iniciámos a alegre época do Verão. A vida revigora-se nas nossas aldeias da serra! Oh, que alegria! Que saudade! Estes incríveis meses de Junho Julho e Agosto são a época do ano em que a população da nossa Lomba duplica, triplica,… Bem vindos, todos vós que chegais de férias a esta terra que nos diz tanto, porque é nossa!
Quanto a mim, é com pena que não acompanho os mais temporãos nesta chegada à Lomba para um tempo de já merecidas férias. Obrigações e deveres retêm-me ainda longe desta terra amada. Por isso é possível que por um breve tempo seja ligeiramente reduzido o ritmo quase semanal de publicação de notícias neste blog, ritmo a que já vos habituei, caríssimos leitores, e ao qual tão bem tendes correspondido, como verifico pelo número de visitas. Muito grato vos fico pela vossa extrordinária e generosa adesão a este nosso blog, pois ela é que é a força que tenho para continuar a mante-lo e a actualiza-lo constantemente.
Porém, prometo-vos que a minha ausência, a verificar-se, será muito breve, por isso não deixem de passar por este ponto de encontro de todos os filhos e amigos da terra nossa Lomba. Até porque se aproximam as Festas de Nossa Senhora da Saúde 2008, e cá estarei para acompanhar os acontecimentos a par e passo. E, uma vez de férias e com mais tempo, procurarei melhorar a qualidade das publicações.
Longe da vista, perto do coração!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Festas de Nª Senhora da Saúde 2008

Podem, caríssimos leitores, marcar desde já na vossa agenda: a festa da Lomba, em honra de Nossa Senhora da Saúde, este ano vai ser no fim-de-semana de 16 e 17 de Agosto.

Estejam atentos ao blog porque hei-de dar-vos notícias mais pormenorizadas, mas posso desde já adiantar-vos que o programa vai sofrer algumas alterações fora do habitual. Por coincidência com a festa no Maladão no mesmo fim de semana, a Missa e procissão vão realizar-se no final do dia de sábado, 16. No Domingo, dia 17, vai realizar-se o habitual almoço e, à tarde, a sardinhada. A comissão de festas está a trabalhar no sentido de arranjar animação.

Vamos todos colaborar e dar o nosso melhor!

domingo, 22 de junho de 2008

Missa na Lomba

Cumprindo o programa de passagem pelas capelas da paróquia, o sr. Reitor vai estar na Lomba (capela de Nª Senhora da Saúde) para celebrar a Eucaristia na próxima quarta-feira, dia 25, às 20h30m.

A água já está potável

Como se pode ler no comunicado do nosso Presidente da Câmara do passado dia 18 de Junho, a água da nossa rede de abastecimento, segundo as últimas análises, já se encontra novamente própria para consumo humano.

Berma limpa tem outra pinta!

Como é habito todos os anos, já começou o corte das ervas nas bermas da nossa estrada. Os trabalhos já chegaram, até ao momento em que escrevo, à entrada do lugar, no Vale Morais. E já se nota bem a diferença, quer pela melhor visibilidade (e, portanto, maior segurança), quer pela beleza. Aguardemos que estes trabalhos de limpeza continuem a progredir da melhor forma pelo resto da estrada, até à entrada da vila de Arganil. Temos o piso da nossa estrada cada vez mais degradado, mas pelo menos que vamos tendo as bermas limpas!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

De luto com a Nogueira

Faleceu tragicamente aos trinta e quatro anos o nogueirense Ângelo Miguel Almeida Fernandes durante um ataque de abelhas, quando fazia o seu trabalho de sapador florestal roçando mato nas Gralhas (Freguesia de Fajão). Filho de António Virgílio Fernandes e Maria Vitalina Almeida, residia em Fajão, era casado com Cláudia Sofia Antunes Simão e deixa uma filha, Bárbara, de seis anos de idades. Os nossos sinceros pêsames.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Andorinhas


Nos últimos dias têm sido vistas cá na Lomba algumas andorinhas. Isto é para nós uma novidade e é até estranho. Já estávamos habituados a ver desde sempre os andorinhões, maiores do que andorinhas e completamente negros, a cruzar os ares no Largo das Almas. Mas andorinhas, mais pequenas e de peito branco, nunca fizeram ninho na Lomba. Será que este ano vieram para ficar, ou estão só de passagem? O que é que estará a mudar?

Estoirafóis




Esta é uma época (Maio/Junho) em algumas das plantas que aparecem nos trazem recordações que nos remontam à infância. É o caso desta planta, muito comum entre nós, que dá flores roxas em cacho, pequenas campânulas pendentes popularmente conhecida por estoirafóis. Apertando-lhes a abertura com uma mão, estoiram-se contra a outra mão, e daí vem o seu nome (são foles que estoiram). Sugiro que comente este artigo partilhando connosco histórias engraçadas da sua infância em que entrem os estoirafóis.

domingo, 8 de junho de 2008

Hospitalizada

Rosa Vitória encontra-se há já alguns dias internada no Centro de Saúde de Arganil. Desejamos rápidas melhoras.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Água imprópria para consumo

Tanto quanto consegui saber, foram afixados na aldeia avisos da parte da autarquia segundo os quais a água das nossas torneiras está, neste momento, imprópria para consumo. Para a poder consumir deve fervê-la durante quinze minutos ou então acrescentar-lhe lixívia pura nas quantidades devidas.
Bons tempos em que a pureza da água da rede pública na Lomba era invejável!

sábado, 17 de maio de 2008

O Rali de Portugal na Lomba

Apesar de a nossa aldeia ser pequena e nem sequer aparecer na maioria dos mapas, nem por isso é desconhecida de muitos portugueses e estrangeiros. Na verdade, a Lomba foi, desde 1983 até ao final dos anos 90, a recta final de uma das mais importantes etapas do maior evento nacional do desporto automóvel: o Rali de Portugal! Creio que este acontecimento, embora seja recente por agora, tem uma importância que não podemos desprezar ao escrever a história da Lomba. Quer por ser um acontecimento de importância e projecção nacionais ocorrido entre nós, quer porque deu movimento e uma relativa fama à aldeia, quer porque se repetiu por uma série de anos. Na verdade, o troço que terminava na Lomba eram um dos mais famosos (e difíceis!) do Rali de Portugal.

A Comarca de Arganil (13-05-2008, página 2) publicou um artigo de Alen a propósito do Rali de Portugal em Arganil entre 1967 e 1986 onde, a certa altura, a Lomba é referida:

«Em 1983, a organização decidiu emprestar ainda mais dificuldade à já temida ronda de Arganil, aumentando a extensão do troço. Os concorrentes, que anteriormente suspiravam de alí­vio quando avistavam o mosteiro de Folques, sinal de que tinham chega­do ao fim do "inferno", eram agora "convidados a fazer mais uns quiló­metros em direcção ao Salgueiro, su­bindo depois até ao célebre cruza­mento da Selada das Eiras, e des­cendo depois através de acentuados ganchos para o final em Lomba. No total, 56,5 Km fazem desta versão a mais mítica de todas as que ali se disputaram».

Agora, que já não há Rali de Portugal entre nós, a estrada dos «acentuados ganchos» de que fala Alen foi alcatroada desde a Aveleira até à Lomba, no âmbito do projecto do anterior executivo camarário de alcatroar os acessos a todos os lugares habitados do concelho. Mas todos nos lembramos de os carros descerem serra abaixo pelas curvas arrevesadas da estrada, na altura em terra batida, até à recta final, com a meta acima da nossa capela, junto ao depósito da água cujos muros de pedra circundantes ganharam o nome de «castelo», nome atribuído precisamente pelas pessoas de fora que vinham ver o Rali. Eram às centenas, a subir pelas nossas ruas centrais em direcção à serra durante toda a noite da véspera desta etapa que terminava na nossa terra! Ainda hoje, ao conversar com pessoas de fora que vinham até cá ver o Rali, é muito fácil dizer qual é a nossa aldeia. Muitos acampavam pela serra acima, acendendo fogueiras para se aquecerem nos frios que se fazem sentir nas noites de Março. Os excessos de álcool também eram mais ou menos frequentes entre alguns destes visitantes…

Nesse dia era feriado nas escolas e a nossa estrada era cortada. A Lomba parecia uma cidade em hora de ponta! Ou, talvez mais propriamente, em festa, mas festa de dimensões urbanas! Havia portugueses, estrangeiros, jornalistas… Os carros de rali atravessavam a nossa aldeia, com paragem para verificação junto ao chafariz , e os helicópteros cruzavam os nossos ares…

Aqui ficam algumas memórias do Rali de Portugal entre nós e da importância que veio dar à Lomba. Peço a quem tiver mais memórias importantes que possam enriquecer este artigo ou fotografias as enviem para arganilando@gmail.com

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Aconteceu na última assembleia

Já tive oportunidade, no passado dia 18 de Abril, de noticiar a última assembleia geral da Comissão de Melhoramentos da Lomba. Porém, parece-me que vale a pena relatar um pouco mais do que lá se passou bem como alguns assuntos discutidos. Para isso cito o artigo publicado n’A Comarca de Arganil (13-05-2008, página 11) que a certa altura diz o seguinte:

«Depois foi dada voz aos presentes, que se pronuncia­ram acerca das carências que a população enfrenta, começan­do Henrique Martins Almeida por referir que é necessário ser cimentado o caminho da Fon­te, que dá acesso ao lavadou­ro; António Veiga, que alertou para ser feita uma revisão às bocas de incêndio, para que estejam operacionais; António Cruz, que relembrou a sua pro­posta para que fosse dado nome às ruas, assim como a numeração das portas; António Gomes (presidente da direc­ção), alertou para a necessida­de de uma nova pintura no in­terior da sede da Comissão; Carlos Costa (secretário), dis­se que é altura de se olhar para o tempo invernoso, preparando e acondicionando a lenha para ser utilizada na lareira nas noi­tes e dias friorentos do Inver­no. Relembrou a reparação do carreiro Entre-Estradas, sito ali no Entre-Carreiros. Disse, final­mente, que todas estas carên­cias são já do conhecimento das autarquias, mas até hoje não foram ainda solucionadas».

terça-feira, 13 de maio de 2008

Poeta ou arrumador de versos?

LOMBA
Há tantas e tantas Lombas
Mas não são todas iguais.
Dessas terras uma é diferente
Pois a essa eu quero mais.


Arrumador de versos, certamente! No entanto, tenham paciência e aceitem esta quadra pelo menos como um incentivo. Sim, um incentivo a vocês próprios enviarem (para arganilando@gmail.com) criações poéticas da vossa lavra.

domingo, 27 de abril de 2008

Mês de Maio na nossa capela

À semelhança de anos anteriores, vai ser rezado o terço todos os dias do mês de Maio (a começar já na próxima Quinta-feira, dia 1) na capela da Lomba, com o seguinte horário: às 20h30m de Segunda-feira a Sábado; e às 15hoom aos Domingos.

É uma boa tradição que tem mantido a nossa capela com vida desde a sua construção, no final dos anos 80 do século passado. Na verdade, sempre se rezou o terço na nossa capela todos os dias dos meses de Maio e Outubro. Também durante o ano se reza o terço aos Domingos, embora não com tanta regularidade: costuma haver um período de interrupção durante o Verão e chegou a haver anos em que não se rezou aos Domingos.
O número de pessoas pode variar muito conforme os dias e épocas do ano, mas creio não estar a mentir se disser que nos meses de Maio e Outubro a média ronda cerca de uma vintena de pessoas, mulheres na esmagadora maioria.
Para além do terço e da festa anual, em Agosto, a capela da Lomba costuma ter Missa cerca de uma vez por mês, durante a semana, uma vez que o nosso Reitor, o Padre Manuel da Silva Martins, percorre as capelas da paróquia durante o mês.
Refiro estes pormenores e considero-os importantes pelo facto de não ser habitual uma capela ter tanta vida como a da Lomba. Normalmente a vida espiritual das capelas dos nossos lugares cinge-se à festa anual, e, mais recentemente, à referida passagem do nosso Pároco.

(aspecto de um terço ao Domingo à tarde)

sexta-feira, 18 de abril de 2008

A Comissão reuniu

Foi na noite do passado Sábado, dia 12 de Abril, que aconteceu a última reunião da Comissão de Melhoramentos da Lomba. Os principais objectivos desta reunião foram a apresentação, discussão e votação do relatório de contas; e a eleição de novos corpos gerentes. O apelo feito em notícia publicada n'A Comarca de Arganil (01-04-2008) no sentido de se candidatarem novas pessoas para os cargos não obteve resultado positivo. Deste modo, a Comissão continua a ter António Gomes como presidente, Carlos Costa como secretário e Ilda Varandas como tesoureira. Cláudio Gomes preside à Assembleia.

domingo, 13 de abril de 2008

A Lomba vista do céu


Na página http://ortos.igeo.pt/ortofotos/ é possível ver qualquer lugar de Portugal em imagens de satélite obtidas no ano de 1995. Um pouco desatualizadas, mas não deixam de ser curiosas. Seleccionando «Arganil» em «Concelho» e escrevendo «Lomba» em «Local», encontraremos esta imagem da Lomba vista do céu. É possível distinguir claramente a bifurcação da estrada e o telhado negro da Casa de Convívio, o telhado da Capela no cimo do povo, o vale da ribeira da Nogueira com as suas fazendas amanhadas, o vale da ribeira das Cales... Cada um pode encontar com facilidade a sua casa e a dos seus vizinhos, isto no caso de casas que já existissem em 1995, claro... Tente com outras terras e lugares e divirta-se.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Abertura

Finalmente a nossa Lomba tem um espaço na Internet onde todos os lombenses e amigos podem visitar esta terra a partir de qualquer parte do mundo!
Este é um espaço que hoje crio para que todos possam, com toda a facilidade, ler notícias, fazer comentários, enviar notícias, ver a História e as "estórias" do passado da nossa terra...
Ainda faltam aqui muitas coisas, principalmente fotografias, mas tudo isso aparecerá em breve.
Peço a todos os lombenses e amigos da Lomba que mandem notícias e que divulgem este blog o mais possível.