sábado, 17 de maio de 2008

O Rali de Portugal na Lomba

Apesar de a nossa aldeia ser pequena e nem sequer aparecer na maioria dos mapas, nem por isso é desconhecida de muitos portugueses e estrangeiros. Na verdade, a Lomba foi, desde 1983 até ao final dos anos 90, a recta final de uma das mais importantes etapas do maior evento nacional do desporto automóvel: o Rali de Portugal! Creio que este acontecimento, embora seja recente por agora, tem uma importância que não podemos desprezar ao escrever a história da Lomba. Quer por ser um acontecimento de importância e projecção nacionais ocorrido entre nós, quer porque deu movimento e uma relativa fama à aldeia, quer porque se repetiu por uma série de anos. Na verdade, o troço que terminava na Lomba eram um dos mais famosos (e difíceis!) do Rali de Portugal.

A Comarca de Arganil (13-05-2008, página 2) publicou um artigo de Alen a propósito do Rali de Portugal em Arganil entre 1967 e 1986 onde, a certa altura, a Lomba é referida:

«Em 1983, a organização decidiu emprestar ainda mais dificuldade à já temida ronda de Arganil, aumentando a extensão do troço. Os concorrentes, que anteriormente suspiravam de alí­vio quando avistavam o mosteiro de Folques, sinal de que tinham chega­do ao fim do "inferno", eram agora "convidados a fazer mais uns quiló­metros em direcção ao Salgueiro, su­bindo depois até ao célebre cruza­mento da Selada das Eiras, e des­cendo depois através de acentuados ganchos para o final em Lomba. No total, 56,5 Km fazem desta versão a mais mítica de todas as que ali se disputaram».

Agora, que já não há Rali de Portugal entre nós, a estrada dos «acentuados ganchos» de que fala Alen foi alcatroada desde a Aveleira até à Lomba, no âmbito do projecto do anterior executivo camarário de alcatroar os acessos a todos os lugares habitados do concelho. Mas todos nos lembramos de os carros descerem serra abaixo pelas curvas arrevesadas da estrada, na altura em terra batida, até à recta final, com a meta acima da nossa capela, junto ao depósito da água cujos muros de pedra circundantes ganharam o nome de «castelo», nome atribuído precisamente pelas pessoas de fora que vinham ver o Rali. Eram às centenas, a subir pelas nossas ruas centrais em direcção à serra durante toda a noite da véspera desta etapa que terminava na nossa terra! Ainda hoje, ao conversar com pessoas de fora que vinham até cá ver o Rali, é muito fácil dizer qual é a nossa aldeia. Muitos acampavam pela serra acima, acendendo fogueiras para se aquecerem nos frios que se fazem sentir nas noites de Março. Os excessos de álcool também eram mais ou menos frequentes entre alguns destes visitantes…

Nesse dia era feriado nas escolas e a nossa estrada era cortada. A Lomba parecia uma cidade em hora de ponta! Ou, talvez mais propriamente, em festa, mas festa de dimensões urbanas! Havia portugueses, estrangeiros, jornalistas… Os carros de rali atravessavam a nossa aldeia, com paragem para verificação junto ao chafariz , e os helicópteros cruzavam os nossos ares…

Aqui ficam algumas memórias do Rali de Portugal entre nós e da importância que veio dar à Lomba. Peço a quem tiver mais memórias importantes que possam enriquecer este artigo ou fotografias as enviem para arganilando@gmail.com

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Aconteceu na última assembleia

Já tive oportunidade, no passado dia 18 de Abril, de noticiar a última assembleia geral da Comissão de Melhoramentos da Lomba. Porém, parece-me que vale a pena relatar um pouco mais do que lá se passou bem como alguns assuntos discutidos. Para isso cito o artigo publicado n’A Comarca de Arganil (13-05-2008, página 11) que a certa altura diz o seguinte:

«Depois foi dada voz aos presentes, que se pronuncia­ram acerca das carências que a população enfrenta, começan­do Henrique Martins Almeida por referir que é necessário ser cimentado o caminho da Fon­te, que dá acesso ao lavadou­ro; António Veiga, que alertou para ser feita uma revisão às bocas de incêndio, para que estejam operacionais; António Cruz, que relembrou a sua pro­posta para que fosse dado nome às ruas, assim como a numeração das portas; António Gomes (presidente da direc­ção), alertou para a necessida­de de uma nova pintura no in­terior da sede da Comissão; Carlos Costa (secretário), dis­se que é altura de se olhar para o tempo invernoso, preparando e acondicionando a lenha para ser utilizada na lareira nas noi­tes e dias friorentos do Inver­no. Relembrou a reparação do carreiro Entre-Estradas, sito ali no Entre-Carreiros. Disse, final­mente, que todas estas carên­cias são já do conhecimento das autarquias, mas até hoje não foram ainda solucionadas».

terça-feira, 13 de maio de 2008

Poeta ou arrumador de versos?

LOMBA
Há tantas e tantas Lombas
Mas não são todas iguais.
Dessas terras uma é diferente
Pois a essa eu quero mais.


Arrumador de versos, certamente! No entanto, tenham paciência e aceitem esta quadra pelo menos como um incentivo. Sim, um incentivo a vocês próprios enviarem (para arganilando@gmail.com) criações poéticas da vossa lavra.