sexta-feira, 29 de agosto de 2008

As antiguidades da Lomba (1ª parte)

Sob o título «As antiguidades da Lomba» vou publicar alguns pequenos artigos nos quais darei a conhecer as investigações que tenho feito para saber como e quando nasceu a Lomba. Interessante, não acham? Faltam-me muitos dados, mas foi o que consegui arranjar. Ajudem-me comentando e enviando mais informações que conheçam.

A tradição oral diz que «a Lomba é filha da Nogueira». E, na verdade, tem lógica que a Lomba tenha surgido da colonização deste lugar por parte de pessoas da Nogueira. Não sei se este lugar já tinha o nome de Lomba antes de ser habitado, mas é provável que sim, por causa da topografia do lugar. As razões desta colonização podem ser diversas:

a) A principal talvez seja a busca de melhor clima, que aqui é muito mais soalheiro. Enquanto na Nogueira as eiras se concentram todas num só lugar (que se chama precisamente «Eiras»), o único da povoação que está exposto todo o dia ao sol, na Lomba as eiras estão espalhadas por toda a povoação.

b) Depois, a proximidade da vila de Arganil é maior.

c) Além disso, aqui a estrada bifurca: para a Nogueira e para a serra. Ora, a estrada da serra era muito concorrida, porque era a via principal que todos os povos da serra usavam para comunicar com Arganil. Mudando-se para este lugar, as pessoas da Nogueira estavam a aproximar-se de um caminho muito movimentado. Era talvez por ser um lugar de passagem que houve várias tabernas no Largo das Almas, onde a estrada bifurca.

d) O abastecimento de água estava assegurado através do Chafurdo. Em tempos antigos, quando ainda não existia água canalizada, as povoações nasciam e desenvolviam-se nas proximidades de fontes ou cursos de água que as pudessem abastecer. Neste caso, a povoação nasceu próxima do Chafurdo, que seria sem dúvida a fonte onde as pessoas iam buscar água. Esta fonte era tão importante que ainda hoje se chama «Caminho da Fonte» ao caminho que conduz a ela. Seria, portanto, «a Fonte» da terra por excelência. Não sei se daria para abastecer uma aldeia grande, mas para o pequeno aglomerado da época parece que chegava.

e) E quem sabe se o contacto visual com o Santuário do Mont’Alto não foi um incentivo de ordem espiritual para ficar neste lugar?

Não sei em que época se deu esta colonização, nem se aconteceu de uma só vez ou por várias, nem se foi colectiva ou individual. Talvez arqueólogos profissionais o consigam determinar estudando a zona mais antiga da povoação, que é o Cômbaro, a “zona histórica” da povoação, uma vez que tem as construções mais antigas.

Lembranças da Festa de 2008 (3)

Ainda cá tinha estas fotografias deste ano. Desfrutem!...










terça-feira, 26 de agosto de 2008

Os [pouco] vigilantes nocturnos

Hoje vou contar-vos algumas “estórias” passadas antigamente (meados do século XX, neste caso) com pessoas bem reais da nossa terra de das nossas famílias e que recolhi há tempos por cá. Vou falar-vos hoje, concretamente, daqueles que por vezes ficavam de noite a guardar os frutos da sua colheita.

O ti’Joaquim Póvoas tinha nos Fagundos uns melões que eram muito cobiçados. Parece difícil acreditar que os Fagundos, esse lugar à entrada da Lomba, onde está hoje a placa e as alminhas, fosse propício a criar melões, porque hoje é um grande pinhal, onde algumas oliveiras ainda definham no meio dos pinheiros altos, mas naquele tempo era terra de amanho. Ora, foi o ti’Póvoas para os Fagundos certa noite guardar os melões que lá tinha com uma espingarda e tudo. Mas adormeceu e alguns rapazes mais atrevidos (que já "costumavam" conhecer o lugar e… os melões!) foram lá, comeram os melões descansadamente enquanto ele dormia com a espingarda ao lado e, em forma de gozo, defecaram em cima da espingarda!

Na Lomba havia muitas eiras onde se secava o milho no Verão e era costume muitos ficarem a guardar o milho durante a noite nas eiras. Mas alguns tinham um sono tão pesado que os mudavam de lugar durante o sono sem eles darem conta! A um desses heróis do nosso passado (já não sei quem, ajudem-me a descobrir, por favor), que estava na eira ao pé de casa que hoje é do sr. Henrique, chegaram a levá-lo, a dormir, numa padiola e a despejarem-no para cima dos tojos que havia em abundância no lugar onde hoje é a capela!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Lembranças da Festa de 2008 (2)

Aqui ficam mais alguns vídeos e fotografias da Festa deste ano. Hoje destaco a presença muito numerosa de pessoas da vizinha e amiga Nogueira, tanto na Missa, procissão e baile no sábado como na tarde de convívio no Domingo. Porque a Nogueira tem muita gente e porque é um povo amigo de nos visitar, todos os anos a nossa festa é marcada pela grande presença de nogueirenses.



Quanto ao dia 17, Domingo, foi mais de uma centena de pessoas que se juntou no parque de merendas da capela para partilhar o almoço. Apesar de se notar algumas baixas em relação ao ano passado, foi um almoço muito concorrido e agradável. Pela primeira vez foi contratada uma cozinheira de fora, a dona Maria de Deus, que já é famosa como cozinheira cá na freguesia. E, de facto, merece grandes louvores pelo magnífico caldo verde e arroz à valenciana que deliciou toda a gente!
O tempo ajudou (fazia bom sol, ao contrário do nublado 12 de Agosto do ano passado) e a festa continou pela tarde, ainda que ensombrada pelo funeral de Antero Fernandes, de Arganil (mais conhecido pela alcunha de "Prega e Racha"), pessoa muito estimada em toda a freguesia. Naquela tarde o adro encheu-se de pessoas para assistir à actuação do Rancho Juvenil da Casa do Povo de Arganil, já nosso conhecido dos anos anteriores, e do Rancho Folclórico da Pampilhosa da Serra, que actuou pela primeira vez na Lomba. Quando os dois ranchos entraram foi tal a "invasão" do adro da nossa capela po pessoas trajadas à moda antiga que o cenário parecia mesmo o de um festival de folclore, como podemos ver nas fotografias.

Depois de jantarmos sardinhas assadas e febras (oferecidas pela Comissão de Festas, tal como o almoço), tivemos um serão animado pelo baile com as concertinas do Rancho da Pampilhosa da Serra.
A Comissão ainda não apresentou contas, mas posso adiantar que correu tudo bem e sem prejuízo. E foi, uma vez mais, nesta simplicidade, sem filarmónica ou grandes conjuntos mas cheia de agradável convívio (que é, afinal, o que importa) que decorreu a festa deste ano. E para o ano há mais! E neste fim-de-semana (23 e 24 de Agosto) há na Nogueira.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Alta tensão na nossa serra


A paisagem que temos da Serra da Aveleira, que serve de "pano de fundo" à Lomba, está a mudar. Por lá vão passar cabos de alta tensão e já está erguida uma torre. São muitos os camiões-betoneira que têm passado para a serra para fazer os alicerces destas torres metálicas que conduzirão eletrecidade vinda da central de Poço do Gato.

Lembranças da Festa de 2008 (1)

Por coincidência com a festa do Maladão no mesmo fim de semana, a Missa foi vespertina. Assim, no sábado, dia 16, às 21h00m houve Missa seguida de procissão de velas. A procissão fez o percurso habitual: desceu da capela até ao Vale Galeana, onde deu a volta, e regressou à capela. Felizmente, a chuva que caiu durante o dia não se prolongou para a noite. Depois da procissão, pelas 23h, os Irmãos Guerra Henriques animaram a festa com muita música portuguesa, até bem perto da 1 da manhã. Voltarei ainda a dar mais notícias da festa.






sábado, 9 de agosto de 2008

Doentes

Após uma queda em casa que resultou na fratura de um braço e vários ferimentos, Orlando Oliveira Henriques foi operado nos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde se encontra ainda em recuperação.
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Rosa Vitória terminou o seu internamento no Centro de Saúde de Arganil, que noticiei no dia 8 de Junho passado, e encontra-se agora no Lar de Terceira Idade em Tábua.