segunda-feira, 27 de abril de 2009

Relógio de sol

Eu sou sol, tu és sombra,
Sol e sombra dão a hora,
Mas se o sol desaparece,
Só há sombra, não há hora.

Quisera sentir a vida
Como o relógio de sol:
Só marca as horas felizes;
As outras não estão no rol.

Monsenhor Nunes Pereira
in Sopa de Pedra, Gráfica de Coimbra, página 60

domingo, 26 de abril de 2009

Seminaristas de Coimbra em Roma

No âmbito das comemorações dos 250 anos do nosso Seminário, nós, seminaristas da diocese de Coimbra, estivemos em Roma em peregrinação de 14 a 18 de Abril. Na audiência de geral de quarta-feira, dia 15, o Papa dirigiu-nos algumas palavras em português:

“Amados peregrinos de língua portuguesa, alegrai-vos e exultai comigo, porque o Senhor Jesus ressuscitou.
A ressurreição de Cristo é a nossa esperança! Este pregão pascal ressoa por toda a terra: ressoa no coração dos brasileiros e dos portugueses de Lamego e da Diocese de Coimbra! Com alegria, saúdo a comunidade do seu Seminário Maior que, há 250 anos, facilita esta passagem do testemunho da ressurreição, com a formação de novos arautos e servidores. Sobre todos, desça a minha Bênção. Ad multos annos!

A todos quantos, com a sua generosidade, contribuíram para esta peregrinação se realizasse, fica a certeza que foram lembrados junto do túmulo de S. Paulo, e um sincero agradecimento.
Veja mais em amicor.pt.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Faleceu o ti'Amândio Costa

Realiza-se amanhã de manhã o funeral de Amândio Costa. O ti’Amândio faleceu ontem, dia vinte e três de Abril. Neste Tempo de Páscoa, festa da Ressurreição, rezamos para que Deus o receba na Felicidade que não terá fim e apresentamos os nossos pêsames à família.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

As árvores morrem de pé

É desolador verificar, cada vez que venho à Lomba, que mais um bom número dos nossos pinheiro morreu. O Nemátodo da madeira do pinheiro anda por aí e não perdoa. As árvores mais robustas secam até à raiz. Permanecem, no entanto, de pé. Já mortas, mas de pé, posição nobre das árvores mas também dos seres humanos.
O pinheiro foi introduzido em Portugal no século X (ainda Portugal não o era) e teve grande expanção no século XIII, sob o rei Dom Dinis. Será que esta praga capaz de o abalar?
Mas, afinal, o que é o nemátodo? Para informação dos leitores deixo aqui um texto que encontrei sobre o assunto:

O Nemátodo da Madeira do Pinheiro
(Texto de Sara Pereira e António Heitor)
Biologia e Comportamento
O nemátodo ataca o sistema de circulação da árvore, enfraquecendo-a e tornando-a mais susceptível ao ataque de outras pragas.
O contágio ocorre através de um insecto vector. Em Portugal, esse insecto é o longicórnio do pinheiro (Monochamus galloprovincialis), que transporta os nemátodos nas traqueias. A dispersão da doença está limitada à altura, e à capacidade do voo dos insectos (entre Abril e Outubro).
Ataca a generalidade das espécies de pinheiro e outras coníferas (à excepção do género Thuia). Algumas espécies de pinheiro, como o pinheiro-bravo, pinheiro-larício e o pinheiro-silvestre são muito susceptíveis.
O adulto do insecto vector alimenta-se nos raminhos e rebentos de árvores adultas, arrastando consigo estados juvenis do nemátodo, que penetram por estas feridas. O nemátodo coloniza rapidamente os vasos do xilema, bloqueando o seu funcionamento, o que provoca a morte da árvore. Nas árvores mortas o nemátodo alimenta-se dos fungos que provocam o azulamento da madeira (do género Ceratocystis). As árvores debilitadas ou recentemente mortas atraem as fêmeas do insecto vector, que aí fazem a postura, podendo transmitir igualmente nemátodos. As larvas desenvolvem-se e transformam-se em adultos, os quais são colonizados por nemátodos antes de estes abandonarem as árvores atacadas, na Primavera seguinte.

Sintomas
• Agulhas amareladas e murchas, começando pelas mais jovens, que ficam na árvore por longos períodos de tempo.
• Árvores com a copa total ou parcialmente morta.
• A transpiração de resina diminui e os ramos secos são mais quebradiços do que o habitual.
• Murchidão generalizada e súbita.
O Nemátodo do pinheiro não é visível a olho nu, apenas pode ser diagnosticado em laboratório.

Prevenção e Meios de Controlo
• Medidas preventivas: Na área onde o nemátodo se encontra, utilizar espécies de pinheiro mais resistentes ou não utilizar pinheiros em novas florestações.• Meios de controlo: Corte e eliminação das árvores atacadas, durante o período de Inverno.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A nossa estrada

Quem sai da vila e se dirige para a Lomba (e Nogueira) depara-se com esta maravilhosa paisagem. As árvores de folha caduca, que aqui se encontram em abundância, dão ao lugar um aspecto semelhante ao de países do norte da Europa, famosos pelo seu nível de desenvolvimento. Porém, tal semelhança é, de imediato, traída pelo estado do pavimento da estrada... Para quando um piso novo para a nossa estrada?

Grafites na Lomba

Também chegou até nós, agora, o grafite, pelo menos no estilo mais urbano. Podemos ver alguns rabiscados no nosso depósito de água, no cimo da povoação. O aspecto rural do muro de xisto contrasta com o aspecto urbano (e sujo!) do depósito.

Uma sobrevivente!


sexta-feira, 10 de abril de 2009

Visita Pascal 2009

Segundo a já antiga e bela tradição do povo português, a paróquia de Arganil está a organizar a Visita Pascal em todas as ruas e lugares da paróquia. No próximo Domingo, dia em que os cristãos festejam a Páscoa da Ressurreição, vai ser possível, na Lomba, «abrir a porta ao Senhor», como se diz popularmente, a partir das 14h30m. A Lomba e a Nogueira são percorridas, todos os anos, pela mesma equipa de leigos, começando uns anos pela Lomba e outros pela Nogueira, alternadamente. Este anos começa na Lomba.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Primeiro aniversário do nosso blog

Foi a oito de Abril de 2008 que este blog foi inaugurado. Faz hoje um ano! Desde então, já conta 2480 visitas. Obrigado a todos!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Nos dentes da minha forquilha


Um homem, que por acaso já morreu,
Vira-se ao Padre do Colmeal,
Que, coitado, também já morreu,
De rosto muito sério e natural:

«Senhor Prior, estamos na Quaresma:
Faremos penitência em tudo!
Mas ficou-me um pedaço de carne
Preso nos dentes desde o Entrudo...

E, então, venho perguntar-lhe,
Uma vez que o tenho lá,
Se seria, agora, pecado
Se eu o fosse comer já...»

«Se lá ficou pelo Entrudo
Acaba o que está começado:
Sossega e vai em paz,
Pois não é nenhum pecado!»

«Muito obrigadinho, Senhor Prior!
Estou-lhe muito agradecido!
Nos dentes da minha forquilha

Há um presunto a ser comido!...»