terça-feira, 27 de outubro de 2009

António Póvoas já está entre nós

Depois da sua operação, que, tanto quanto sei, correu bem, o ti' António Póvoas já se encontra novamente na Lomba e mostra-se bem disposto na sua recuperação. Infelizmente sofreu ontem uma queda à saída do Centro de Saúde de Arganil, onde se tinha dirigido para os tratamentos habituais, mas também está a recuperar com sucesso do ferimento resultante dessa queda.

sábado, 24 de outubro de 2009

Chegou o Outono. Ou então não...

Chegou o Outono!... As folhas das árvores começam a ficar castanhas e a cair...
Mas, infelizmente, estes tons de castanho são mesmo do nemátodo a alastrar pelos nossos pinhais.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

As azeitonas já pintam!

Quem pensa apanhar a azeitona cá na Lomba pode ir aguçando o apetite. Estes frutos ganham cor a olhos vistos!

Já chegaram as castanhas!

As fossas estão a precisar de uma roçadela

Nem se vêem debaixo das silvas.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

História da Comissão de Melhoramentos da Lomba (4ª parte)

Até 1987 a Comissão tratou de vários assuntos relacionados com pequenas obras a realizar na povoação e na casa de convívio. A proposta de serem dados nomes às ruas da Lomba e números de polícia às portas, apesar de nunca ter sido concretizada até hoje, foi lançada pelo menos por três vezes: a 09-11-1984; a 10-01-1986; e a 11-07-1986.


Mas a grande obra da Comissão nesta época foi a construção da capela, iniciada em 1987. Lê-se na 11ª acta, datada de 12 de Junho de 1987: «Foi deliberado dar início à construção da Capela cujos trabalhos já começaram em 10 de Junho de 1987 e no próximo dia 20 está já em vista começarem a encher-se as fundações cujos trabalhos esperamos continuar em bom ritmo incluindo fins de semana».



A capela foi inaugurada a 1 de Setembro de 1988 e sobre ela falarei mais pormenorizadamente noutro artigo.



Nos primeiros anos da capela a Comissão de Melhoramentos assumiu-se também como Comissão de Capela e Comissão de Festas. Assim, na 19ª acta, datada de 13 de Janeiro de 1989, foi «discutida a data da Festa em honra de Nossa Senhora da Saúde Nossa Padroeira que ficou deliberado realizar-se em 13 de Agosto faltando apenas a aprovação do Paroco da Freguesia». E na acta seguinte, datada de 14 de Julho de 1989, foi novamente discutido o programa de festas «em Honra de Nossa Senhora da Saude PADROEIRA DA LOMBA NOSSA TERRA NATAL», mas para os dias 2, 3 e 4 de Agosto. Não pôde realizar-se na data inicialmente prevista por não haver filarmónica disponível na região. Outro dado relevante é o facto de, «por não haver Mordomia para a realização das festas», os membros da Comissão presentes na reunião resolverem «organizar os festejos».



Mas na 23ª acta, de 13 de Abril de 1990, foi decidido formar «uma comissão de gente jovem para organizar as festas deste ano». E, de facto, a partir daí a Comissão de Festas ganhou autonomia em relação à Comissão de Melhoramentos. Quanto à Comissão de Capela, o caso só foi resolvido muito recentemente. De facto, até à chegada do actual pároco de Arganil, a Comissão de Melhoramentos era ao mesmo tempo a Comissão de Capela. Graças ao Padre Manuel Martins em boa hora foi possível criar uma Comissão de Capela autónoma da Comissão de Melhoramentos. Mas o processo não foi pacífico. Os dinheiros da capela estavam depositados numa conta em nome de particulares, membros da Comissão de Melhoramentos, e foi muito a custo que o dinheiro da capela foi colocado em nome da Fábrica da Igreja, embora num departamento próprio da capela da Lomba. A Fábrica da Igreja da Paróquia é a única instituição com personalidade jurídica para tratar estes assuntos, embora a maioria das pessoas não tenha compreendido isso. Talvez muitas pessoas não gostem disto que escrevo, mas é a verdade. De facto, mesmo hoje o assunto ainda não é pacífico…



Outra das principais acções da Comissão de Melhoramentos prende-se com a abertura de estradas, sempre pedida aos poderes autárquicos. Sobre isso fala-nos a 29ª acta, de 7 de Fevereiro de 1992.



Esta assembleia foi importante, porque a acta diz que «…pela primeira vez conseguimos reunir um número razoável de sócios». Quererá isto dizer que se vivia uma época de pouca participação por parte dos associados? Se assim era, o certo é que nesta assembleia se reuniram muitos, porque houve eleições (Carlos Manuel Correia Martins foi o novo presidente da direcção) e tratou-se do assunto das estradas. A acta diz que se decidiu falar com a Junta de Freguesia «para reparação da estrada de ligação ao Prado, à Terra da Vinha, abertura de uma estrada para defesa em caso de incêndio das casas do Comoro que ligaria a Costa à estrada do Porto Loba na encosta virada ao Mont’Alto, a possibilidade da reparação da estrada que vem da ponte das Cales a ribeira do Pisco e futuramente uma nova ligação desta povoação com acesso condigno, reparação da estrada que vai da cabina eléctrica à Sorte do Conde com interesses para os povos da Lomba e Nogueira e também, em colaboração com a União Nogueirense da estrada da Capela até às Eiras da Nogueira e Portal Lourenço.»


Especial destaque merece a estrada que, saindo da Costa, passa pelo Cômbaro e vai dar ao Vale de São Vicente, onde desemboca na estrada do Porto Loba. Era, como diz a acta, uma obra muito desejada porque estava em causa a segurança da povoação em caso de incêndio. Apesar de este assunto ser falado em 1992, só foi possível concretizar a obra no final da década. O mesmo se diga da estrada que vai da capela até ao Portal Lourenço passando pelas Eiras da Nogueira. Mas, felizmente, tudo se fez.


A estrada da Sorte foi aberta desde o Chão de Amandos (de onde tem ligação a Arganil) até ao pé da Poça da Sorte, mas não acabou de ser repara até à cabine eléctrica. A estrada para a Ribeira do Pisco (pela Costa e Ripado) nunca foi reparada, mas fez-se outra, que desce do Soito até lá.

Fim

O sino tocou!

Durante este mês de Outubro tem havido, como é hábito, terço todos os dias na capela da Lomba, às 20h30m.
*
Na passada segunda-feira, dia 19 de Outubro, às 21h00m, houve Missa na nossa capela. Cerca de dez minutos antes da Missa aconteceu algo inabitual: o sino tocou, a chamar as pessoas para a Missa. O nosso sino nunca é usado, mas deve ser incrementado este hábito de o tocar antes da Missa e até mesmo (porque não?) antes de outras celebrações que ocorram na capela, ou aquando da morte de alguém.
Sei que o sino tocou no casamento da Susana e Rui e também quando houve um grande incêndio no Verão de 1992. Apenas...
O sino é uma presença, um sinal, uma voz, um convite… É muito importante! E que bonito som ele tem! Se estiver sempre calado para que serve? Foi para ser tocado que a Comissão o comprou!
*
A 14ª acta (13-11-1987) do livro de actas da Comissão de Melhoramentos, diz que foram discutidos os preços e as medidas do sino para a capela. Lá se diz que o sino pesa 50 kg e a boca tem 42 cm de diâmetro, e foi orçamentado em 104 680$00.

História da Comissão de Melhoramentos da Lomba (3ª parte)

Finalmente, a Comissão voltou a ser constituída a 17 de Novembro de 1970, sendo a

direcção composta pelos seguintes membros:

Presidente: Henrique Martins Almeida

1º Secretário: António da Costa Cruz

2º Secretário: Fernando Marques Costa

Tesoureiro: Eduardo Manuel Marques Correia

Vogal - Colaborador: José da Costa Cruz

A primeira acta depois desta constituição, datada de 17 de Novembro de 1970, conta-nos que às vinte e duas horas, «neste lugar da Lomba, freguesia e concelho de Arganil» se reuniram «Francisco Carvalho da Cruz, Fernando Marques Costa, Eduardo Manuel Marques Correia e José da Costa Cruz, a fim de constituírem a Comissão de Melhoramentos da Lomba cujo objecto é essencialmente promover o progresso e engrandecimento desta povoação da Lomba».

No Auto de Posse, datado do mesmo dia, «os abaixo assinados» comprometem-se todos «a, pondo acima do interesse pessoal os interesses da Lomba, pugnarem pelo progresso e engrandecimento da nossa terra».


E o livro só nos volta a dar notícias a partir de 1984, mas sei por outras fontes que, entretanto, foi eleita uma nova direcção, sob a presidência de Arménio Fernandes, e que foi construído o lavadoiro, que foi inaugurado no ano de 1977 ou 1978 (talvez 1978). Soube também que a inauguração do lavadouro marcou o início do piquenique anual, que mais tarde se viria a fundir com as festas em honra de Nossa Senhora da Saúde. Também já sabemos (nomeadamente através de um artigo já aqui publicado) que, entretanto, foi construída a Casa de Convívio e Recreio e sede da Comissão, inaugurada a 4-9-1983. Esta lacuna do livro de actas leva-me a crer que a sua actualização foi descurada, e talvez isso explique também os misteriosos interregnos anteriores.

Mas a partir de 1984 actas têm sido ininterruptamente redigidas até aos dias de hoje. Assim, lá encontramos, a 30 de Abril de 1984, a «Acta da reunião dos novos membros da Comissão», realizada pelas 21h30m. De relevante, diz-nos que os «estatutos» vão sair dentro de pouco tempo.

Poucos dias depois, a sete de Maio de 1984, foi a tomada de posse. Esta acta tem carimbos e selo do Notário («Reconheço a assinatura infra de Arménio Castanheira Fernandes. Cartório Notarial de Arganil, 5 de Junho de 1984») e diz o seguinte:

Acta da tomada de posse

Da primeira reunião dos novos membros da Comissão, em 7 de maio de 1984.

Aos 7 de maio do ano mil novecentos e oitenta e quatro, pelas vinte e duas horas, neste lugar da lomba, freguesia e concelho de arganil, reuniram-se todos os abaixo assinados, trocando impressões e cada um capacitado das responsabilidades que assumiu pondo acima do interesse pessoal, os interesses da lomba, assim como vão sair nos estatutos, em curto prazo.

Cientes das suas responsabilidades para com a nossa comissão, propondo-se defender os interesses da lomba vão assinar os empossados.

Lomba 7 de maio de mil novecentos e oitenta e quatro.

Direcção

Presidente: Arménio Castanheira Fernandes

v. presidente: Manuel Antunes Varandas

Tesoureiro: António Nunes Costa

1º secretário: Henrique Martins de Almeida

2º secretário: Eduardo Manuel Marques Correia

Vogais: Álvaro Nunes Almeida Batista

José Carlos Travassos Costa

Concelho fiscal

Presidente: Carlos Fernandes da Costa

Vogal: António da Pena

Vogal: Luiz Martins de Almeida

Assembleia geral

Presidente: João da Costa Almeida

Secretário: José Maria da Silva Pena

: Henrique Manuel Varandas André

Vogal: Arménio de Almeida Nunes Batista

A partir desta «primeira acta» a numeração das actas tem prosseguido até à actualidade.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Operação

António Póvoas foi submetido a uma operação cirúrgica em Coimbra na passada segunda-feira, dia 12 de Outubro. Encontra-se ainda internado em Celas. Desejamos as melhoras com uma boa recupeação pós-operatória.

domingo, 18 de outubro de 2009

História da Comissão de Melhoramentos da Lomba (2ª parte)

Pelo que parece, a Comissão de Melhoramentos da Lomba iniciou-se para alargar a Rua Principal, ou pelo menos foi essa a sua primeira obra. De facto, logo na segunda acta, datada de 10 de Novembro de 1948, é-nos dito que na reunião, realizada provavelmente também em Lisboa, se tratou do alargamento da Rua Principal (rua desde o Largo das Almas até onde hoje é a Capela), do lado sul, «em colaboração com a Comissão Local». Diz-nos também a acta que foi aberta uma subscrição para custear a obra, subscrição que, segundo nos é dado a entender, foi feita entre os conterrâneos de Lisboa, porque logo de seguida se diz que a subscrição «em cooperação com a Comissão Local», não chegou para custear as obras, pelo que foi preciso pedir dinheiro empretado, ficando a Comissão Local encarregue de liquidar o empréstimo. Na terceira acta, datada de 20 de Novembro de 1948, são dadas como concluídas as obras, que custaram um total de 7 780$50.

Portanto, havia, pelo menos aquando da fundação, duas Comissões, uma constituída pelos que estavam na Lomba (chamada «Comissão Local» na acta) e outra pelos que estavam em Lisboa. A Comissão Local seria a tal comissão informal que fazia obras e prestava serviços de utilidade pública, como a construção do depósito do Chafurdo e o controlo da água. A Comissão Local era constituída nesta altura, pelo menos, por Diamantino Varandas, Alfredo Nunes e Agostinho Coelho, para além de outros que com certeza fariam parte mas cujos nomes não consegui apurar.

Brasão da Comissão de Melhoramentos da Lomba

Seriam duas comissões autónomas, embora colaborantes, ou sub divisões de uma mesma e única Comissão de Melhoramentos da Lomba? O que é certo é que a Comissão de Lisboa se intitula «Comissão de Melhoramentos da Lomba» e se refere à outra como a «Comissão Local». Se as duas comissões eram uma só, apenas separada geograficamente, parece-me que a de Lisboa assumia a liderança. Seria? É difícil dizer qual seria a comissão principal. Mas parece-me claro que eram fossem duas comissões independentes, uma das quais (a fundada em 1948 em Lisboa) sucedeu à outra (a dita Comissão Local), mas que ainda chegaram a coexistir.

Parece que nos princípios da Comissão não havia eleições. As actas que relatam mudança de corpos gerentes não dizem que os novos corpos gerentes foram eleitos, mas sim que se deliberou para alterar a Comissão. De facto, a quarta acta, datada de 5 de Fevereiro de 1950, diz-nos que «Reuniu Esta Comissão, para Deliberar a alteração, desta Comissão Ficando assim constituida…». Quem sabe se a Comissão poucos ou nenhuns elementos teria para além dos que são designados nas actas como corpos gerentes?

Segundo o livro, a Comissão reuniu apenas mais duas vezes de pois desta mudança de corpos gerentes, e não é referido mais nenhum melhoramento para além do alargamento da rua.

A quinta acta, datada de 27 de Maio de 1951, diz-nos, novamente, que a Comissão reuniu para «deliberar a sua alteração».


A última acta desta primeira época é datada de 6 de Maio de 1951. É a última notícia que o livro nos dá de reuniões realizadas naquela época. Não sei o que aconteceu a seguir, mas aparentemente a Comissão ficou adormecida, ou pelo menos deixou de haver o zelo de registar as reuniões em acta.

Mas digo que a Comissão esteve adormecida porque o livro nos dá entender que foi novamente constituída a

15 de Fevereiro de 1967. Mas resta-me uma dúvida: foi uma reactivação depois de dezasseis anos ou foi apenas uma eleição normalíssima depois de dezasseis anos em que se descurou o livro de actas?

Eram estes os elementos da Comissão de 1967:

Presidente: Luiz Martins de Almeida

Secretário: Aníbal Alves Brás

Tesoureiro: Jaime da Cruz André

Vogais: Fernando de Almeida; João da Costa Almeida

Suplentes: Henrique Martins de Almeida; Armando Correia Baptista

O livro de actas nada mais refere acerca desta segunda constituição da Comissão.

Continua

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

História da Comissão de Melhoramentos da Lomba (1ª parte)

Caros leitores, aqui fica um pouco da história da nossa Comissão de Melhoramentos. Depois desta série de artigos dos vossos comentários a dar informações complementares, estarei em condições de acabar o que falta do artigo de história da Lomba para o site da Junta de Freguesia

A Comissão de Melhoramentos da Lomba foi fundada a 2 de Maio de 1948.

Como já disse num artigo anterior, antes da actual Comissão de Melhoramentos, oficialmente constituída, houve entre nós comissões informais de pessoas que se uniam para fazer melhoramentos cá na terra. A primeira das obras feitas por essa ou essas comissões de que consegui ter conhecimento é o depósito do Chafurdo.

Não sei os nomes de todas as pessoas que faziam parte dessa comissão, mas consegui saber que António da Costa Póvoas, Manuel Martins, António Duarte, Diamantino Varandas e Joaquim Caldeira da Costa são pelo menos alguns dos nomes que formaram a comissão que construiu o depósito e a mina do Chafurdo bem como a vala e a canalização para o chafariz, entre finais de 1932 e início de 1933.

Esta comissão também controlava a água. Diamantino Varandas era o responsável por esse serviço.

No Verão faltava a água e algumas pessoas iam à fonte enquanto toda a gente estava na fazenda a trabalhar e apanhavam a água toda. As outras pessoas, que tinham trabalhado todo o dia, ficavam sem nada, de modo que chegavam a casa ao fim do dia e queriam água para fazer a sopa e cozer as batatas mas não a tinham. Então o ti’ Diamantino fechava a torneira do chafariz (o mais antigo, de granito) com um cadeado, voltava lá ao fim do dia e controlava a distribuição da água conforme as necessidades de cada casa, sendo normalmente dois cântaros para cada casa.

Dois de Maio de 1948 é a data que costuma ser apontada como data da fundação da Comissão de Melhoramentos da Lomba.

De facto, segundo a primeira página do livro de Actas da Comissão de Melhoramentos da Lomba, a sua fundação foi no dia 2 de Maio de 1948, no Poço Borrotem, nº 30, em Lisboa.

A primeira direcção era assim constituída:


Presidente: Luiz Martins de Almeida

Vice-presidente: Manuel Fernandes Antunes Varandas

1º Secretário: José da Costa Póvoas

2º Secretário: José Maria da Costa Almeida

Tesoureiro: José Nunes Jorge

Vogais: António Travassos Júnior; José Martins Serra; Albano Nunes Jorge


Folha de rosto do livro de actas da Comissão de Melhoramentos da Lomba, na qual se pode ler a data da sua fundação e os nomes da sua primeira direcção.


A primeira acta diz o seguinte:

Esta Comissão é Formada por cotas por Socios efectivos e auxiliares Ficando deliberado por maioria, os sócios efectivos pagarem a cota minima de Esc 5$00 mensais e os auxiliares 2$50 Ficando Deliberado por unanimidade que as cotas sejam pagas em casa do Tesoureiro.

Poço Borratem, nº 30

2 de Maio de 1948

Continua…

domingo, 11 de outubro de 2009

João António conquista a Freguesia

A lista independente Arganil Acima de Tudo para a Junta de Freguesia de Arganil, liderada pelo nosso amigo da vizinha Nogueira João António Travassos, ganhou hoje as eleições autárquicas, com 863 votos (37,65%), equivalentes a quatro mandatos. Damos os sinceros parabéns a este nosso vizinho e amigo e desejamos-lhe um óptimo trabalho à frente da nossa freguesia, cujos interesses está empenhado em colocar acima de tudo.
Quanto à Câmara Municipal de Arganil, Ricardo Pereira Alves foi reeleito Presidente com maioria absoluta, obtendo 4.720 votos (58,5%) e cinco mandatos.
Saiba mais sobre os resultados destas eleições autáquicas consultando http://www.autarquicas2009.mj.pt/.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

As alminhas da Quinta

As alminhas que há na Quinta estão datadas, mas infelizmente o segundo algarismo está danificado sendo-nos impossível saber se foram construídas em 1802 ou em 1902. Talvez sejam de 1902 porque o mais provável é que tenham sido construídas por António Fernandes Varandas, ou por ele e pelos irmãos, ou pelos pais deles.

Vejam esta fotografia e ajudem-me dando a vossa opinião: o segundo algarismo é um 8 ou um 9?

Estas alminhas foram ali construídas porque, conta-se, «naquele cruzamento havia muitos medos». Quer isto dizer que este monumento está relacionado com aquilo a que os antigos chamavam «as horas perigosas da noite». Na crença dos antigos havia horas que eram «perigosas» ou, pelo menos, mais perigosas do que as outras, horas a que o homem estaria mais vulnerável ao «Inimigo», ou talvez aos caprichos de almas do outro mundo ainda errantes do lado de cá, ou aos terrores do mundo sobrenatural de uma maneira geral.

Os medos dos antigos faziam-se sentir de uma forma mais intensa à noite, como era natural numa época em que não havia grandes sistemas de iluminação. Eles temiam verdadeiramente a noite! O pavor da noite era tanto ainda hoje se diz o ditado «A noite Deus a deu e Deus a temeu», como se a noite fosse temida pelo seu próprio Criador, tal é a sua natureza tenebrosa e assustadora. Segundo uma crença dos antigos, «o Senhor levanta-se às quatro horas da madrugada», por isso as «horas perigosas» seriam as horas nocturnas até às quatro da manhã.

A presença amiga e protectora de Deus, presente através das alminhas, desvanecia os medos de passar naquele lugar nas noites mais escuras.

As alminhas são monumentos erguidos pela fé dos nossos antepassados e ganharam esse nome por serem quase sempre dedicadas às Almas do Purgatório. Hoje a devoção popular passa por outros caminhos e a velha tábua do nicho, cujas imagens, provavelmente alusivas às Almas, o tempo apagou, serve hoje de retábulo a um desenho e a uma pequena imagem, ambos de Nossa Senhora da Saúde, escolhida para padroeira da Lomba aquando a construção da capela.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A bandeira portuguesa

Hoje, dia em que se comemora a implantação da República, aqui vos deixo a explicação do o significado dos símbolos da nossa bandeira nacional. Saiba mais clicando aqui.

A Comissão que definiu, na sua forma final, a bandeira e as armas do Portugal Republicano era constituída por: Ladislau Parreira, oficial da Marinha; Afonso Palla, oficial do Exército; João Chagas, jornalista e político; Abel Botelho, militar e escritor; Columbano Bordallo Pinheiro, pintor. No seu relatório era explicado o significado de cada um dos símbolos utilizados.

O vermelho é a cor combativa, quente, viril por excelência. É a cor da conquista e do riso. Uma cor cantante, ardente, alegre. Lembra o sangue e incita à vitória.

O verde é a cor da esperança e do relâmpago significa uma mudança representativa na vida do país.
O verde ocupa dois quintos da bandeira e fica do lado do mastro. O vermelho ocupa os restantes três quintos.

A esfera armilar substituiu a coroa. Representação quinhentista do universo, a esfera armilar lembra os descobrimentos portugueses.



A faixa com sete castelos permaneceu porque representa a independência nacional. Tradicionalmente, os sete castelos representam as vitórias dos portugueses sobre os seus inimigos.


O escudo com as quinas manteve-se na bandeira como homenagem à bravura dos portugueses que lutaram pela independência.

Os cinco pontos brancos representados nos cinco escudos azuis bandeira fazem referência a uma lenda relacionada com o primeiro rei de Portugal. A lenda diz que antes da Batalha de Ourique (26 de Julho de 1139), D. Afonso Henriques rezava pela protecção dos portugueses quando teve uma visão de Jesus na cruz. D. Afonso Henriques ganhou a batalha e, em sinal de gratidão, incorporou as chagas de Cristo na bandeira de seu pai, que era uma cruz azul em campo branco.

domingo, 4 de outubro de 2009

A campanha eleitoral entre nós

As eleições autárquicas são já no próximo Domingo, dia onze. Esta tarde, estiveram na Lomba, em campanha eleitoral, os candidatos à Junta de Freguesia de Arganil João António Travassos, candidato da lista independente Arganil Acima de Tudo, e Abel Ventura Fernandes, candidato do Partido Socialista.

Que bem se está no campo!

sábado, 3 de outubro de 2009

A pedra filosofal

Quando perdermos a capacidade de sonhar o mundo pára. Está parado? Porque será?

Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
António Gedeão, 1906-1997
Saiba mais sobre António Gedeão (que é como quem diz Rómulo de Carvalho, que era o seu verdadeiro nome) clicando aqui ou aqui.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A campanha eleitoral entre nós

No âmbito da campanha eleitoral para as eleições autárquicas do próximo dia 11 de Outubro, decorreu no passado dia 28 de Setembro, na Casa de Convívio e Recreio da Lomba, a partir das 21h30m, uma sessão de esclarecimento por parte de Maria da Graça Moniz, candidata à Junta de Freguesia pelo PSD.
*
Amanhã, dia 2 de Outubro, às 19h00m, será a vez de João António Travassos, candidato à Junta de Freguesia pela lista independente Arganil Acima de Tudo, visitar a Nogueira e a Lomba.

Poesia portuguesa

Caros leitores, hoje continuamos com a boa poesia dos nossos poetas,

EM QUE SE FALA DO MENINO JESUS

I
Fiz a maldade e olhei Jesus,
Ele baixou os olhos e corou,
e toda a gente julgou,
que quem fez a maldade foi Jesus.

E todos Lhe perdoaram.....

II
- Obrigado, Menino. Mas agora,
tira os olhos do bibe e vem brincar,
que eu prometo, pra não Te ver corar,
já não fazer das minhas.

Anda jogar ao pé das flores, no chão,
comigo às pedrinhas...;
anda jogar, pra esqueceres
o preço do meu perdão.

Sebastião da Gama, 1924-1952

Sebastião Artur Cardoso da Gama nasceu em Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal, a 10-04-1924 e faleceu em Lisboa, a 07-02-1952, vítima da tuberculose, com apenas 28 anos. Foi um poeta português, licenciado em Filologia Românica e professor do Ensino Secundário em Lisboa, Setúbal e Estremoz. A sua obra encontra-se ligada à sua tragédia pessoal motivada pela tuberculose e à Serra da Arrábida, sendo mesmo conhecido como Poeta da Arrábida. Foi fundador da Liga para a Protecção da Natureza em 1948. Saiba mais clicando aqui.