Mas também fora das igrejas foram feitos muitos estragos. Segundo a Relação dos «estragos feitos pelo Exercito Francez de Massena em Arganil e Seu Termo» (o. c., página 133), os invasores cortaram castanheiros e oliveiras (duas árvores tão preciosas naquele tempo, por causa do seu fruto) e também pinheiros. Em todo o território de Arganil foram incendiadas dezoito casas particulares e mortas trinta e três pessoas: três clérigos, entre eles o Reitor; e trinta leigos, dos quais sete eram mulheres. Além disso, noventa e seis mulheres foram presas e violadas (o. c. página 133).
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Num ambiente pacato, como seria certamente o da nossa aldeia e da região em geral, estes acontecimentos tiveram o impacto de uma verdadeira catástrofe apocalíptica. Os mortos, a destruição e roubo de alimentos, as violações, as profanações de templos e o rasto de destruição e de fome que ficou depois foram marcas tão profundas que contribuíram para um trauma colectivo tão forte que chegou até hoje.
Fim
1 comentário:
olá chefe Orlando.
Muito bem...
Depois de varias publicações, eis que chega agora o final há muito aguardado.
Forte abraço
Teu colaborador
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